Foto: Marcio D. Trevisan |
Uma empresária em um curso de gestão empresarial. Na
apresentação ao grupo, abriu alguns poucos, mas importantes detalhes de sua
vida pessoal. No intervalo do café, e diante de um comentário que fiz, ouvi
dela o desabafo sobre a traição de um gerente que era de confiança e a roubou.
A rescisão do contrato não eliminou o problema. O ex-empregado provocou, muito
além do prejuízo, uma mágoa profunda que abalava até a disposição dela em
continuar o negócio.
Foi assim que fiz esta nova amizade. Dei a dica: a confiança
depositada em alguém é algo seu, da sua capacidade de confiar. O tempo
demonstrou que o alvo deste crédito não era digno dele. Você não conhece o
ensinamento: “Conheceis a verdade e ela te libertará?” Você está livre, agora,
porque conhece o desonesto. E deve ter aprendido muito com isso.
Ela me respondeu de pronto com apenas uma palavra e um olhar
iluminado. “Saquei”. Duas semanas se passaram. Encontramo-nos de novo no café
do intervalo de outra aula. Daí, eu ganhei um abraço.
Sempre achei que as rapidinhas têm seu valor. Na
Amigoterapia, também.