segunda-feira, 6 de junho de 2011

Resistir ou não resistir?

Foto: Marcio D. Trevisan
A primeira vez que o Tainã – meu filho do meio – tomou uma vacina, consciente da picada da agulha, foi aos quatro anos de idade. Fofucho, lindo, na fila do posto de saúde tudo era alegria até o berreiro da criança que o antecedeu. Na vez dele, a desconfiança tomou conta da salinha, onde a enfermeira aplicava a vacina.

Tainã percebeu a situação e armou, aos berros, chutes, socos e pontapés, o desmonte da sala. A enfermeira me consultou com um olhar ao que eu devolvi: "- vai ser agora". Porta fechada, imobilizei o anjinho e a enfermeira realizou o trabalho com louvor.

Imediatamente à picada, Tainã calou-se. Para o meu espanto, não demonstrou nenhuma indignação ou raiva. Apenas um silêncio calmo, muito próprio dos momentos de profunda reflexão. Saímos, rumo ao estacionamento. Tão logo ficamos às sós, Tainã soltou a grande questão:

- Mãe, não adianta nada, eu não querer vacinar?

Grande sacada! Filhoterapia aos quatro anos de idade!

E agora, me aplico a mesma vacina. Afinal, um dos indicadores da máxima sabedoria é saber identificar as lutas que devem e merecem ser encaradas. As outras batalhas, simplesmente, devem ser dispensadas.

2 comentários:

  1. Pois é...muitas situações na vida temos que simplesmente enfrentá-las.
    Claudia

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  2. tão rapidinho esse mãe..

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