Foi assim até a pós adolescência, no inícío da faculdade. Julguei que esse negócio de timidez seria um atraso na minha vida. E como resolvi a situação? Fácil! Criei um personagem de mim mesmo, sem a timidez.
Esta foi uma opção consciente para um problema concreto. Eu não gostava de ser tímida, me recusei a isso e, para variar, adotei a solução que me pareceu mais rápida. (Com o passar dos anos, a ansiedade se tornaria um seríssimo problema na minha vida - mas isso fica para outra postagem).
A solução cênica, na minha opinião, não deu errado. Acho que com o passar do tempo assumi o personagem e me tornei mesmo uma pessoa extrovertida. Mas ainda considero o processo esquisito. Racional ao extremo!
Foto: Marcio Trevisan |
No início da Amigoterapia, diagnosticar que havia me distanciado perigosamente do que me identificava como indivíduo foi muito difícil. Na realidade, acho que ainda não conclui totalmente esta fase. Será que ela acaba?? Esta fica para o super Juneca, meu filosofoterapeuta responder...
Aprender sobre a importância desses parâmetros a ponto de concentrar boa parte dos meus esforços neste resgate foi um precioso ponto de partida. Sem método, sem linha - apenas a vontade de se redescobrir, com o apoio de amigos. É muito gostoso isso! Também dói, às vezes.
Como se faz? Eu comecei assim: qualquer acontecimento - principalmente os ruins, que me traziam raiva, tristeza ou outra emoção negativa, era matéria-prima para eu debruçar meu olhar sobre mim mesma com o objetivo único de identificar como verda-dei-ra-men-te eu me sentia. É uma tarefa difícil, acredite!
Nesta análise, desprezar por completo a opinião, o sentimento ou qualquer outra coisa relacionada ao outro, para focar exclusivamente toda a atenção em si próprio. Primeiro, só para se reconhecer - do jeito que acontecesse, com o comportamento que rolasse! Sem auto-julgamento, nem compaixão; comiseração ou, muito menos punição. Observar-se. Observar-se e reconhecer-se, com carinho - mas sem dó, nem piedade.
Acho que dá certo, para começar.
O controle sobre si, e o reconhecimento são tão importantes assim como são dificeis. Mas só de saber que precisa se conhecer mais já é um ótimo ponto de partida, e perder o medo é o primeiro passo.
ResponderExcluirPorém não conheceria a palavra tímida para você e nem acho que combina com o seu ser!
Você é ótima assim, extrovertida, alegre, sem vergonha e sem limites para assuntos.
Beijos
Mesmo tendo tido a oportunidade de conhecer o Blog assim que criado, ainda não tinha vindo comentar. Às vezes por faltar palavras com postagens tão completas, ricas, que agregam com certeza à todos que lêem, ou mesmo só o receio de não conseguir expressar tão bem o quão bom está. Sem querer bajular minha sogra, mas o blog ficou ótimo. Concordo plenamente em que conhecer-se é preciso. Mesmo tendo a convicção que já nos conhecemos, sempre haverá algo a descobrir, às vezes mais dúvidas, mais esclarecimentos, mais certezas, incertezas. Você é uma pessoa iluminada Regina. Que Deus continue sempre iluminando vocês para exporem temas e debates tão bons assim.
ResponderExcluirBeijo, beijo.
Adorei, parabéns, serei freqüentadora do blog, tenho certeza que será um sucesso. Fiquei fã.
ResponderExcluirBeijos
Cleide
É. Acredito que o processo de autoconhecimento é permanente. Mas simplesmente o fato de questionarmos os porquês de acontecimentos/fatos de nossa vida já nos faz "maiores" x)
ResponderExcluirParabéns pelo post chefa.
Abs,
Talita