sábado, 9 de julho de 2011

Perdoar, sim. Manter a convivência, nem sempre

Perdoar é incondicional e um mega ato de fé (leia também Aulinha do Perdão), mas quando uma pessoa reconhece que mandou  mal e, com isso ofendeu alguém, deve como ato conseqüente ao perdão, arrepender-se do comportamento e não agir mais da mesma forma. É mais ou menos assim: pisei na bola, reconheci que foi mal, pedi perdão e decido e vigio para mudar o meu próprio comportamento para não ofender mais. Se for assim, a amizade continua.
Quando a mudança de comportamento não acontece, o ofendido tem o direito de afastar-se do convívio com o ofensor a fim de não se submeter a novas ocorrências ofensivas.
                                                                       Foto: Talles Andrioli
Toda pessoa deve amar o próximo como a si mesmo, diz o segundo mais importante mandamento, conforme falou Jesus Cristo. Portanto, sem egoísmo, cada um deve amar a si mesmo, respeitar seus sentimentos e, principalmente proteger-se quando o próximo não consegue parar de fazer-lhe mal.
Isso também foi novo para mim. Uma nova interpretação aos ensinamentos de Cristo que fazem a diferença para relacionamentos saudáveis e verdadeiramente cristãos. O perdão é realmente incondicional, mas a convivência é uma opção e não desagradamos a Deus com isso. Há relacionamentos impossíveis e mantê-los, sem respeito recíproco, amor e carinho realmente não combinam com o que é cristão e, portanto, podem agradar ao nosso Pai.
Uma pessoa que pratica a violência deve ser perdoada pela sua vítima, mas se a prática continua, como é possível que a vítima continue se mantendo como alvo? O mesmo vale para uma traição, e qualquer outra situação de desrespeito.
A verdade nos liberta e devemos assumir a verdade dos nossos relacionamentos. É possível recuperar a saúde desse relacionamento? Se não for, o relacionamento não deve ser mantido. Devem permanecer o amor, o carinho, o desejo de felicidade em relação a pessoa, mas com o reconhecimento que a convivência saudável  é  impossível.
Perdoe sempre, mas escolha com quem e em que condições suas relações devem ser mantidas. É preciso manter ambientes harmoniosos, onde possa fluir o amor e a paz. As adversidades virão e é preciso ter esta base para superá-las.
Muitas vezes, um afastamento total temporário é  o suficiente. Outras vezes, mudar a forma de convivência resolve. Tipo: não dá para ser amigo confidente, mas é excelente companhia de diversão. Não serve para negociar com ela, mas os conselhos são muito legais. Não posso continuar seu namorado, mas ... que Deus te acompanhe...

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